quinta-feira, 28 de julho de 2011

Comprendre l'autre



Compreender o outro...
E quando o outro não nos compreende?
Melhor palavra, na melhor hora; sempre uma alternativa, sorrisos precisos, em vão!
A sociedade cada vez mais individualista acaba transformando seus agentes em personagens egoístas, intransigentes, pois se vivemos num meio assim, o que nos fará mudar?
O importante deveria ser o afeto, as palavras ( não aquelas que são proferidas com o intuito de magoar, ferir) e sim as precisas, coerentes, eficazes.
Compreender também significa abranger, saber apreciar, alcançar com inteligência...
Acho que algumas pessoas deveriam ser contempladas com dicionários ao invés de bens materiais etnocêntricos.
Só assim saberiam o poder que as palavras tem...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O fim da escrita




Como grande amante das letras não pude deixar de me estarrecer com a leitura de uma matéria publicada na revista VEJA de 27/07/2011, com o sugestivo título de "A mão ativa do cérebro" a reportagem aborda a decisão do estado de Indiana (E.U.A) que desobrigou as escolas a ensinarem a letra cursiva, devendo os educandos se especializarem em digitação em teclados de computador, já que segundo o argumento, é muito mais usado.
É claro que a internet tem feito parte da vida de muitas pessoas com faixas etárias cada vez menores, mas daí se pressupor que uma escrita convencional seja facultativa no sistema escolar é devastador, é renegar a sociedade a qual estamos inseridos, ultrajar documentos que marcaram a história como cartas de abolição, letras rasuradas de músicas que se tornariam hino de uma geração, entre outras formas.
Penso agora em Olavo Bilac, poeta parnasiano que exaltou a Língua Portuguesa: "Última flor do Lácio, inculta e bela, és, a um tempo, esplendor e sepultura..."

Corre-se o risco das próximas gerações lembrarem de nossa língua somente como um arquivo em PDF, contribuindo assim para o fim da fluidez na leitura.

terça-feira, 19 de julho de 2011

"A mãe perfeita é um mito"






Elisabeth Badinter é professora da École Polytechnique. Em recente entrevista causa mais uma polêmica com as feministas ao fazer declarações sobre a maternidade.

" A experiência mostra de forma bastante enfática que, em geral, mulheres que nunca desejaram a maternidade, mas que acabaram tendo filhos em razão da pressão da família e dos amigos, tornam-se mães impacientes, frustradas e medíocres. É espantoso que em um mundo tão moderno como este em que vivemos não pareça razoável que uma mulher simplesmente não deseje ser mãe. 
É como se isso significasse uma recusa à própria natureza. Os estereótipos negativos sobre as que não querem ter filhos são os piores possíveis: egoístas, insatisfeitas, imaturas, incompletas, carreiristas, só para citar alguns.
Mesmo que eles não sejam verbalizados, estão sempre presentes. Uma bobagem que tem raízes mais antigas no pensamento ocidental."

Sábias palavras (grifo meu).

sábado, 16 de julho de 2011

Bullying



É incompreensível banalizar algo tão desolador. Enfim um modismo que vale a pena, pois o desacato, impertinência, violação sempre existiram só não eram expostos midiaticamente.
Não serei conivente com isso, nunca!
A poesia a seguir é meu manifesto, simples e sincero.




Sua falta de ética
impede que enxergue
a dignidade nas pessoas.

Não se esqueça:
esse abuso é entre iguais
ou será que o diferente é você?

Seu comportamento destrutivo
arruinará qualquer possibilidade
de socialização.

Crianças, adolescentes
em fase de desenvolvimento,
descobertas e emoções em ebulição,
mas você só quer continuar
com toda essa agressão.

Já se perguntou como quero ser vista?
O que penso sobre isto?
Deixando o medo de lado lhe direi:
_ Me respeite!
Não há mal em ser diferente
só diga o contrário com o meu consentimento!





sexta-feira, 15 de julho de 2011

Bad Girl






Essa arte é de uma texana chamada Pagie Thompson. Mulher selvagem, fatal que pode ser má ou um doce quando quer como nas fotos acima. Fiz um poema assim:



Não quero te assustar
posso gritar mais alto agora
ainda quer ir embora?

Seja prudente,
posso ser tão má quando quero,
sou realmente capaz de qualquer
ato impensado.

Posso te cortar em pedaços
se partir meu coração.
Como me tornei tão odiosa?
A resposta está em suas mãos.

O que aconteceu com a garota boa e compreensiva?
Não existe mais, cansou de ser passiva.


Cuidado!









terça-feira, 12 de julho de 2011

Tatuagem


O amor era demais
não cabia dentro do peito,
deveria ser expresso
de forma verdadeira e visível,
foi então que o sentimento transbordou
e seu corpo de cores inundou.

Em cada perfurar da agulha
milhares de pontos surgiam,
aos poucos os traços despontavam.

Um misto de dor e ansiedade
a pele rasgada sangrava
o êxtase transformava a experiência em indolor
só o que importava era arte final.

Lembrança daquele amor
que naquela pele para sempre se eternizou.

A meu amigo



Adolescência, inocência,
novas experiências em conjunto,
amizade despontou no instante em
que nossos olhos se cruzaram,
mas admitir? Pelo contrário.

Falsos inimigos, combates perdidos,
os bons sentimentos prevaleceram
e a cumplicidade se manifestou.

Aprendizados diários,
brincadeiras encabuladas,
colegas de grupo e de farras armadas.

Como esquecer a primeira nota daquela lírica cantora
ou a música daquele cd rosa?
Ah, e como era rosa aquela maionese...

Palavras, risadas e carinho
e então, cada um seguiu seu caminho...
Andanças, mudanças, distâncias,
estradas opostas que se encontraram.

Faculdades, documentários,
filmes e nova postura,
livros, escolas e literatura.
Deveríamos mudar o roteiro
de Machu Pichu para Hollywood?.




segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cor


Um balão vermelho
flutua em direção ao infinito
apenas deixe-o voar.

Você vê o mundo em preto e branco,
nenhuma emoção ou luminosidade,
não tem sentido a vida
sem estar em perfeita simetria.

Feche os olhos.
Venha sonhar noite adentro,
entregue-se a novas sensações,
deixe fluir a imaginação.

E quando acordar,
uma explosão de cores a esperam
prontas para realçar
um novo capítulo da sua história.

Deixe-se colorir.








Tessitura Poética



REPENTINAMENTE


Olhares, sentidos aflorados
respiração ofegante,
encontros esperados.

Coração descompassado
mãos gélidas e corpos em ebulição
e então, o momento tão esperado:
um beijo e todo o conceito modificado.

Depois disto nada foi o mesmo
cada gesto, sorriso
escondiam inúmeros significados
que só os dois em seu íntimo,
sabiam decifrá-los.

Os dias não passavam em horas
e sim em suspiros, arrepios e tremores,
as lembranças dos momentos vividos
traziam a vida mais sabores.

E de repente...

O fel fez-se presente,
a paixão se esvaiu rapidamente,
o inabalável tornou-se adjetivo no pretérito
já que o novo veio algoz e pungente.

E assim fiquei,
com o gosto amargo dos que perdem o prumo,
perdem a música e a poesia, ou seja,
perdem tudo.